quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

[Aparecido rasga o verbo - Extra] A justiça e o prosseguimento do efeito pirotécnico, de mãos dadas, seguem firmes e fortes...

Aparecido Raimundo de Souza

COMEÇOU A POUCO, aqui no centro de Porto Alegre, ou mais precisamente no segundo andar do fórum central na Avenida Aureliano Pinto nº 105, no bairro Praia de Belas (cadê a praia??!!) o grande circo armado do julgamento dos quatro réus (réus?) da Boate KISS. Vamos rir? Kikikikiki. Perdão, senhoras e senhores. A coisa é séria. Começou, aqui no centro de Porto Alegre, o julgamento dos quatro réus da Boate KISS, acontecido em 27 de janeiro de 2013 na cidade gaúcha de Santa Maria. A demora (e a nossa justiça não é de imprimir delongas, resolve tudo num piscar de verdinhas) se deu em decorrência da famigerada pandemia, na época, a Covid-01 e da variante dela, a Covid- 02.

Perderam a vida, nessa tragédia, 242 pessoas e outras 636 ficaram feridas. Tudo teve início em face de um dos integrantes da bunda, perdão, da banda Gurizada Fandangueira (que fazia um show musical) ter usado um artefato pirotécnico e, por conta  dele, iniciado à queima da espuma acústica que revestia o teto do palco, e toda a boate, de canto a canto, liberando, em seguida, uma enorme coluna de fumaça negra e tóxica que se espalhou por todas as dependências do estabelecimento. Se os senhores se aprofundarem no que saiu publicado na Internet, se lembrarão que nem os sanitários escaparam.

Os mocinhos que merecem destaques especiais: os sócios Elissandro Calegaro Spohr, Mauro Londero Hoffmann, o músico Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor cultural Luciano Bonilha Leão. Eles vão responder (coitadinhos!) pelos crimes de tentativa de homicídio simples (simples, sim... afinal, foram só 242 vidas... e 242 vidas não valem nada) e um trocinho que apareceu de contrapeso para perturbar o andamento do processo, uma bosta fedorenta chamada “dolo eventual”.

Uma tragediazinha comum que os advogados, desculpem, os defensores dos “acu-cu-cu-sados” classificaram como FATALIDADE. Grosso modo, a boate é que deveria ser presa, processada, e devidamente sentada com a sua bundinha na cadeirinha dos culpados, e, logicamente  condenada. Afinal, quem mandou a dita “prenda” pegar fogo? Entra aqui a figura "onestíssima" do TUDO. “Tudo estava conforme a legislação determina, Tudo estava regular, e autorizado, Tudo se fazia vistoriado, sem falar que não correu nenhuma graninha por debaixo dos panos”. Qualquer coisa em contrário, é pura intriga da oposição.

A casa de espetáculos, só para os leitores se posicionarem no tempo e no espaço, não estava superlotada, as condições de evacuação nos trinques, as portas de emergências sinalizadas, até um cego dos colhões enxergaria, sem falar na equipe de funcionários internos, altamente treinada pelo atual Talibã. Lado igual, os seguranças vieram fugidos do antigo chefe, Osama Bin Laden... portanto, todos os partícipes merecem NOTA MIL. Levem em conta, que na hora do acontecido, para evitar “calote”, aos bolsos dos sócios, da KISS, esses senhores (os parrudos seguranças) não permitiram que ninguém saísse da boate, sem a comprovação das despesas de consumo rigorosamente pagas.

Delongar, ou falar mais, será como chover no molhado. Resumindo: o espetáculo aqui no fórum central de Porto Alegre, promete ser bem alegre e edificante. Os futuros “devogados” que quiserem aprender, ao vivo e a cores, a como enrolarem, a camuflarem e a procrastinarem, e claro, a dilatarem e engambelarem os futuros clientes, os trouxas e manés (sem falar nos defensores, promotores e outros trastes de capas negras, como urubus sobrevoando carniças), deveriam estar presentes. Venham, participem. Será um aprendizado para o resto de suas carreiras, uma experiência ímpar, mais forte e poderosa que a temida prova da OAB.

Podem trazer artefatos que causam fumaça cor de rosa, para serem usados dentro do “tribundal do juri” apenas para espantarem os que estivem a desfavor dos réus. A “jus-titica-çasssa”, por sua vez (tirará a venda dos olhos, para melhor visualizar os barzinhos e as tabernas diante de sua linda e majestosa fuça). Ela, a Senhora Maior do Direito, a Dona Incontestável das Leis, de espada na mão direita (na mão direita ou na esquerda??!!), entre outras coisas, garantirá um espetáculo público e gratuito, a contento, além de excelente e inesquecível para nenhum cidadão de bem ter o que reclamar depois.

Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. 1-12-2021

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