segunda-feira, 6 de julho de 2015

Corte Interamericana News – Os fatos no país do inacreditável

José Manuel
As cortes Internacionais de Direitos Humanos, são divididas em sistemas regionais a saber:
O Europeu, representado pela Corte Européia de Direitos Humanos, o Americano representado pela Comissão Interamericana e Corte Interamericana de Direitos Humanos, da organização do Estados Americanos (OEA), e o Africano, representado pela comissão Africana de Direitos Humanos e dos povos (OUA). Os sistemas, seja global ou regionalmente, são dotados de autonomia e, de maneira alguma, um sistema regional (OEA, por exemplo) sujeita-se às deliberações do global e vice-versa.

Desde 1992 o Brasil compõe a convenção, tendo a própria sido promulgada entre nós pelo decreto 678, de 6 de novembro do mesmo ano. O Estado brasileiro reconheceu a competência contenciosa da Corte Interamericana dos Direitos Humanos em 1998, através do decreto legislativo 89. Assim sendo, desde 1998 o Brasil está inteiramente integrado ao sistema interamericano, podendo ser acionado e condenado por ele, caso transgrida os deveres previstos na convenção Americana.

Visando assegurar a proteção dos direitos proclamados na convenção, dois órgãos foram criados com competência para conhecer dos assuntos relacionados com o cumprimento dos compromissos nela assumidos pelos Estados – Partes da OEA (Organização dos Estados Americanos). São eles a Comissão Interamericana de Direitos Humanos – Comissão ou CIDH – e a Corte Interamericana de Direitos Humanos  art. 33 dec. nº 678 de 6/11/1992.

FATO: o Estado brasileiro é signatário da convenção, podendo ser acionado ou condenado caso transgrida os deveres previstos na convenção Americana

Da reportagem da Folha de São Paulo, em  29 de janeiro de 2015:
O Brasil não contribui para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos há cinco anos. O último repasse, em 2009, foi de apenas US$ 10 mil e como comparação a Argentina doou à CIDH US$ 400 mil, e o México US$ 305 mil, em 2013.

O Itamaraty informou que entre 2010 e 2013, com base em parecer da Advogacia Geral da União, AGU, passou a vigorar o entendimento de que contribuições voluntárias a organismos internacionais, careceriam de base jurídica sólida, o que levou o Ministério do Planejamento a não mais atender a solicitações de contribuições.

FATO: Flagrante desrespeito e violação a normas internacionais do qual é signatário e co-responsável, tendo inclusive embaixador designado no sistema Corte Interamericana

Em 2013, a AGU reviu o seu posicionamento sobre o tema. O novo parecer da AGU, reabre a possibilidade de que se volte a inserir na proposta de orçamento, contribuições voluntárias aos órgãos internacionais, diz  nota do Ministério

FATO: Descontente pelo posicionamento da Corte em relação à usina de Belo Monte, por causa do impacto sobre a comunidade, a presidenta  em mais uma de suas atitudes extemporâneas, não só decretando a atitude da AGU, cancelando as contribuições, mas também chamando de volta o embaixador do Brasil na OEA.

Segundo o Jornal o Estado de São Paulo, em reportagem de 27-01-2015, revelou que o Brasil perdeu direito a voto na Agência Internacional de Energia Atômica, depois de acumular uma dívida de US$ 35 milhões. O país também perdeu seus direitos no Tribunal Penal Internacional após acumular US$ 6 milhões em dívidas.
O Brasil deve US$ 76,8 milhões para atividades regulares da ONU e US$ 87,37 milhões para operações de paz.


Segundo o artigo abaixo com data de 2013 e contrapondo-se frontalmente aos artigos de 2015 acima, o Jornal Valor Econômico transcreve informações dadas por agentes do governo, vejamos:

Paulo Vannuchi é eleito para Comissão de Direitos Humanos da OEA
O ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos e atual diretor do Instituto Lula, Paulo de Tarso Vannuchi, foi eleito para uma das vagas da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA).
[...]

FATO:
Como podemos ver acima na reportagem do Valor Econômico à época, o texto está recheado de inverdades por parte do governo, até porque se formos analisar esta noticia com data de 7-06-2013 e as acima em 27 e 29 de janeiro de 2015 respectivamente da Folha e do Estado de São Paulo, há flagrantes violações da verdade. As datas e as informações não coincidem com as declarações do governo, sobre os repasses financeiros à Corte.

Para nós do AERUS, que ora iniciamos a nossa caminhada rumo a um órgão internacional, como a Corte Interamericana, isto tudo é um alerta, mas acima de tudo a ratificação dos fatos a nós imputados ao longo de quase dez anos, portanto um caminho aberto às nossas aspirações, pois tanto no caso "Belo Monte", como no nosso em especial há uma flagrante violação aos direitos humanos com uma tentativa ao primeiro de desqualificá-lo.

O Brasil é um membro regional signatário, portanto compromissado com os direitos humanos universais, passível de ser responsabilizado por transgressão de deveres, esteja ou não inadimplente junto ao órgão em questão. 

Total de "confirmados" em lista até ao momento: 245 participantes 
Título e Texto: José Manuel - trilhando o caminho, 6-7-2015

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