Rodrigo Constantino
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Dilma achou “inadmissível” uma
analista falar a verdade
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Julho de 2014: o Banco
Santander emite um relatório com previsões “pessimistas” caso a presidente
Dilma fosse reeleita. A economia iria sofrer, as incertezas iriam aumentar, o
cenário seria negativo para o país. A reação do governo é imediata: é um
absurdo um banco tentar influenciar eleições dessa forma! A presidente Dilma
entra em campo e diz que é “lamentável” e “inadmissível” a carta do banco. O
ex-presidente Lula sobe o tom: uma analista dessas, que não entende “porra
nenhuma” de Brasil, tinha que ser demitida! O ganancioso e milionário Lula
ainda pediu o bônus dela…
Dito e feito: o presidente do
Santander sucumbe à pressão do governo e manda embora a analista. É o maior sintoma de
que o lulopetismo transformou o Brasil num aluno venezuelano, empenhado em
destruir nossas liberdades. A simbiose entre governo e grandes empresas, num
“capitalismo de estado” em que a “amizade com o rei” vale ouro, fez com que o
banco espanhol, que tinha como enorme cliente a Petrobras, resolvesse não se
indispor com os governantes poderosos. A pobre analista pagou o pato, pois no
esquerdismo é sempre assim: a corda arrebenta para o lado dos mais fracos.
O episódio, todo ele
lamentável, vai completar um ano agora em julho de 2015. Não podemos esquecer
de como o governo do PT reagiu a uma simples analista que fez seu trabalho de
forma honesta e independente. Tudo que ela escreveu, olhando com o benefício do
retrospecto, mostra-se até otimista agora. Sua visão negativa era tímida. A
vitória de Dilma se mostrou muito pior para o país do que ela poderia
antecipar. Foi demitida por falar a verdade, por alertar seus clientes para um
risco real.
Esse é o Brasil que o PT
criou: quem fala a verdade, mas vai contra o governo mentiroso, paga um alto
preço. O marqueteiro João Santana criou até o Pessimildo durante a campanha
para ridicularizar quem fazia alertas “pessimistas” (realistas). Quem não
entrasse junto no esquema de mentiras, com a narrativa de conto de fadas do país,
era um “inimigo da Pátria”, um “golpista”, um “idiota”. Não era Guido Mantega,
que errava por vários pontos percentuais suas “previsões”, o falastrão
irresponsável, mas aqueles que mantinham seu compromisso com os fatos.
E agora? Como fica? Os
petistas por acaso vêm a público fazer um mea culpa e reconhecer humildemente
seus erros? Alguém já viu um petista pedindo desculpas? Mais fácil ver um
unicórnio colorido voando pela janela. As mentiras e os arroubos autoritários
dos petistas ficam por isso mesmo. A moça foi demitida, teve que se virar,
arrumar novo emprego, tudo porque disse a verdade. E os mentirosos cínicos do
PT continuam no poder, culpando os astros pela crise econômica. Até quando o
Brasil vai tolerar essa turma no poder destruindo o país?
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