Haroldo P. Barboza
Alguns lúcidos patriotas se
dignaram a incentivar marchas no sete de setembro de 2011 para marcar posição
contra a corrupção que contagiou a nossa pátria com mais intensidade nos
últimos 30 anos.
Foi um fiasco.
Em algumas regiões, elas nem
aconteceram.
Em capitais de peso como RJ e
SP não reuniram mais de 1.000 pessoas. Apenas Brasília (foco principal deste
câncer que está acabando com a nossa dignidade) chegamos a 10.000 conscientes
reunidos.
No dia seguinte a maior parte
das fontes de notícias não gastaram mais de 2 linhas para citar as
manifestações. Algumas nem citaram o acontecimento.
Breves conclusões:
- Os pilantras do poder estão
sorrindo à toa. Sentem-se mais seguros para continuar com suas falcatruas sem
riscos de revolta popular. Sabem que serão eleitos tantas vezes quantas
concorrerem a cargos públicos.
- A população está infectada
em estado terminal, sem capacidade para reagir. Mesmo que demonstrem algum
vestígio ligeiro de indignação, o Pedro Bial está aí mesmo para distrair a
galera com duas versões anuais do Big
Besta Brasil. E os traficantes
“expulsos” das favelas seguirão drogando os jovens para que continuem alienados
e incapazes de perceberem o negro futuro que os espera.
- As entidades sociais de peso
(CNBB, OAB, xxB) não se engajaram com vigor nos dando a impressão que o atual
cenário lhes interessa mais.
- A imprensa não dará destaque
a um assunto onde não haja interesse de mais de 90% da população.
- Quem não adota a mesma
prática da corrupção regular (em qualquer escala) é rotulado de “otário”.
- Continuaremos no estado
“colônia” por mais 500 anos.
- O futuro de nossos herdeiros
será sombrio.
- Talvez eles nem se lembrem
de nossa acomodação em termos perdido várias chances de varrer a lama que
envolve nossa sociedade.
Título e Texto: Haroldo P.
Barboza, Professor, Vila Isabel (RJ), 08-09-2011
Enviado por Cleia Carvalho
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