Vitor Cunha
Tão cegos com o palhacito
armado em Rambo, respondendo a perguntas tão bacocas como se vale a pena morrer
pelo país – qual? Este, que compra gasolina em marcos? –, o tuga segue
alegremente o lema de que uns traços num mapa valem mais do que a vida das pessoas.
Ninguém quis saber da Ucrânia, entregue a um conflito interno há quase uma
década, para mencionar apenas o último, até que as milícias das suásticas lhes
venderam a ideia bizarra de que autodeterminação de um povo está relacionada
com pertença a um clube de burocratas e ao exercício de humilhação ao maior
país do mundo.
A primeira obrigação do
vencedor de uma guerra é assegurar que o perdedor não sai humilhado. Isso dá-se
no 9º ano. E se não dá, devia ser dado, mas isso diz mais sobre a falta de
qualidade do ensino do que sobre a tendência em emprenhar pelo ouvido qualquer
palermice avançada nas televisões, que é só uma consequência da primeira.
A primeira função de um
governante é assegurar a segurança dos governados. Zelensky está a arrastar os
seus para uma carnificina. Pouca diferença faz se uma pessoa morre convencida
de que tem razão ou se morre obrigado com uma arma estrangeira na mão.
Apoiantes do indivíduo em questão, em terras longínquas como a nossa, seriam,
como sempre, os primeiros a apresentarem-se perante o pelotão de fuzilamento
caso a estratégia de aniquilação do povo ucraniano funcionasse. Mas mal seria
se alguém aprendesse alguma coisa neste mundo desprovido de Deus.
Deixo os comentários abertos
aos diferentes Rambos de sofá que têm o Braveheart como filme preferido.
Título e Texto: Vitor Cunha,
Blasfémias,
8-3-2022
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