quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Os socialistas capitalistas e milionários

Cristina Miranda

Não há ideologia mais hipócrita que o socialismo. Sustentado pela teoria da defesa dos oprimidos pelo grande capital, a verdade é que mais não fez do que grandes milionários que viveram às custas desta narrativa falaciosa e interesseira, cujo objetivo foi, e é ainda, alimentar o poder das elites (e respectivos familiares) e as suas clientelas.

A História Universal não mente e é implacável quando nos relata os factos: além de criar milionários, o socialismo matou milhões de seres humanos por questões religiosas, orientações sexuais, raças, etnias, ou simplesmente por lhes fazerem oposição, e ainda deixou os povos na pobreza.

Da corrente original do socialismo científico de Karl Marx, já por si mortífera e violenta, nasceu o nazismo de Hitler, um nacionalista socialista alemão, e o fascismo de Mussolini, outro nacionalista socialista na Itália.

Se o “pai Marx” já era um burguês parasitário que vivia às custas da esposa burguesa (veja aqui), Hitler (aqui) e Mussolini (aqui) tornar-se-iam milionários depois da conquista do poder.

Quem não conhece os discursos carregados de ódio contra o capital, apelando à união nacional do proletariado, destes senhores com vista à igualdade social? Pois é. Faz falta contar o que eles realmente fizeram ao seu pobre povo? Ainda no passado, Stalin, o carniceiro-mor da ex-URSS também não ficou atrás no top da lista dos milionários (veja aqui). Ainda com dúvidas? Acha que isto só pertence ao passado? Então vamos ao presente.

A prova de que esta ideologia continua a enganar quem nela acredita é a quantidade de capitalistas milionários que ainda faz nos dias de hoje: Chávez morreu milionário (aqui); Fidel Castro morreu milionário (aqui); Mário Soares morreu milionário (aqui). Todos viveram como capitalistas no maior desafogo inimaginável. Terminou aqui? Não.

Hoje, Maduro segue os mesmos ensinamentos enquanto o povo venezuelano morre de fome. José Eduardo dos Santos, outro bom aluno do socialismo, também vive como um lorde capitalista, com o povo angolano a morrer… de fome.

Kim Jong, o maluco da Coreia do Norte, gordinho e bem alimentado, segue pela mesma cartilha. E a fortuna do primeiro-ministro chinês (veja aqui)? Ainda tem dúvidas? Então, vamos a mais casos.

Em Portugal a esquerda enche a boca para falar dos pobres que tanto os preocupa. Atacam os capitalistas ferozmente, a quem atribuem as culpas das desigualdades sociais. Porém, estranhamente, vivem todos na fartura em terras capitalistas de economia de mercado e não pensam abandoná-la. Não é bizarro? Nuno Santos anda de Maserati; Odete Santos é milionária acumuladora de dinheiro; Louçã vive numa casa luxuosa com recheio valiosíssimo; o Medina compra duplexes de luxo; o Sócrates viveu como um rei em França; Armando Vara também; Costa não dispensou os luxos de um duplex; Marisa é contra o euro e a UE, mas não recusou o lugar milionário de eurodeputada (??). Mas afinal, o que vem a ser isto?

A resposta é tão simples:  apesar de defenderem um Estado forte que centraliza os principais setores da economia para distribuir depois a riqueza de acordo com as necessidades de cada um, para assim criar uma sociedade igualitária, a verdade é que esta ideologia é apenas para ser aplicada ao povo. NÃO SE APLICA A ELES. Porque assim, retirando a possibilidade de cada um, de forma individual, ser economicamente forte, CONTROLAM e DOMINAM o eleitorado deles de forma a NUNCA perderem o poder. Esta é a verdadeira ideologia escondida por trás da narrativa de defesa dos pobrezinhos.

O socialismo provou ser tão bom, que onde foi implantado à força (sim, foi sempre à força), não vingou, faliu literalmente, e todos os seus povos tentaram sua libertação. Na Alemanha, onde foi construído um muro por iniciativa do lado pró-soviético para impedir a grande migração dos berlinenses, as pessoas arriscavam a vida para o saltar.

Na Coreia do Norte, onde se come insetos e ervas daninhas para sobreviver, onde se é executado por fazer uma chamada para o estrangeiro, onde não há internet, e se vai preso por ver filmes estrangeiros. Onde é ilegal vender bens, onde se morre de frio porque a eletricidade é desligada à noite, onde as pessoas não são livres de dizer ou pensar o que quiserem, Yeomni Park, ativista coreana, desafiou a vida aos 15 anos para não morrer.

Na Venezuela, HOJE, milhares de pessoas desafiam a própria vida para sobreviver ou fugir. Faz falta mais exemplos, ou podemos parar por aqui?

Defender o socialismo com discursos pomposos e ocos para incautos, em terras capitalistas rodeado de todo o conforto que ele proporciona, não custa nada. Só revela a falta de vergonha na cara que esta malta da política tem, e a falta de respeito total pela nossa inteligência ao nos tratarem como ignorantes. Mostra também uma hipocrisia sem igual, à qu8al o povo tem de reagir. Exigir.

Nem mesmo Cunhal resistia ao capitalismo ao levar Coca-Cola aos netos, dar passeios pelos shoppings (capitalistas), ver filmes americanos, entre tantas outras coisas. Afinal, em que ficamos?

Porque ser rico, defensor do capitalismo e da liberdade individual é perfeitamente normal e aceitável. Faz parte da sua crença. É o RESULTADO da aplicação prática da sua ideologia.
Mas ser socialista capitalista e milionário, NÃO!

Título e Texto: Cristina Miranda, 15 de setembro de 2017, in “As minhas Blasfémias”, páginas 319/323
Digitação: JP, 2-2-2023 

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