Carina Bratt
A mulher é mãe renovadora e igualmente reveladora do mundo. A humanidade
se aprimora, se refaz, se agiganta em seu ventre. Ela cria seus filhos, não os
entrega à creche impessoal. A creche nunca será um lar viável para seu filho.
Ele, pequenino, precisa dela. Não o desliga de sua força maternal. Afinal,
amigas, o que pretende a mulher? Tudo e ao mesmo tempo nada. Talvez um pouco de
Independência, uma pitada de igualdade de condições, o alívio de empregos fora
do lar. Ela é única e se faz superior àqueles que a procuram imitar. ‘Tem o dom divino de
ser mãe; nela está presente a humanidade. Mulher, não se deixa
castrar. Será um animal somente de prazer e, às vezes, nem mais isso. Frígida,
bloqueada, seu orgulho se cala. Por vezes tumultuada, fingindo ser o que não é,
tritura o seu osso negro da amargura.’ (Adaptado de um texto de Cora Coralina, inserido em seu livro ‘Melhores Poemas’)
E há aquela vida para amar: ela procurava um garoto para amar, enquanto ele buscava a próxima garota. Ela olhava para ele, mas ele olhava para todas. Ela o queria ao seu lado, mas ele queria todas. Ela fazia planos, mas ele os destruía. Para ela, ele era o único, mas para ele, ela era apenas mais uma. Ela sonhava acordada, enquanto ele tinha insônia. Ela desistiu, mas ele se arrependeu. Então, ela descobriu que ele era apenas mais um… e ele? Bem, ele descobriu que ela era única. Muitas vezes, deixamos pessoas especiais passarem em nossas vidas sem percebermos o quanto são valiosas. ‘Por isso, olhe bem quem está ao seu lado, para nunca deixar essa pessoa especial fugir ou te esquecer! Dê o seu valor enquanto pode’! (Autor Desconhecido.)
Se sentir amada vale mais que um milhão de palavras. É ver que alguém
tem interesse real em nossa vida, zela por nossa felicidade e sugere caminhos
para melhorar. É lembrar de coisas que você contou anos atrás e tentar
reconciliá-lo com seu passado.
É sentir, lado igual, que alguém se preocupa quando as coisas não estão
dando certo e está disposto a ouvir as suas dúvidas, os seus clamores, as suas
lamentações. De igual modo, sentir-se amada é como um pacto silencioso de
eternidade, mesmo que o destino um dia dívida os caminhos. É ver, mesmo raio de
sol no infinito, como alguém fica triste quando você está triste e sorri com
delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d’água. Por
tudo o que euzinha disse acima, neste ‘Dia da Mulher,’ celebremos não apenas
com flores, mas com reconhecimento, respeito e amor. Sobretudo, AMOR. Em
idêntico tom, me junto à imensa ‘Família Cão que fuma,’ prestando a minha singela e sobretudo sincera homenagem a todas
as mulheres guerreiras desse imenso Brasil. Viva nós!
Título e Texto: Carina Bratt, da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, 8-3-2024
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