Nelson Teixeira
Não é o mais brilhante, mas é
o mais sútil, delicado e penetrante dos sentimentos.
Não importa o tempo, a
ausência, os adiantamentos, a distância, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer
reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto de
onde foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo
mediante a vida.
É a vitória do subjetivo sobre
o objetivo, do permanente sobre o passageiro.
Ter afinidade é muito raro,
mas quando ela existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Ela existia antes do
conhecimento, irradia durante e permanece até depois que as pessoas deixam de
estar juntas.
Afinidade é ficar, ainda que
longe, pensando parecido, a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem
e sensibilizam.
Afinidade é receber o que vem
de dentro com uma aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade é sentir com…
Nem sentir contra, nem sentir
para…
Sentir com e não ter
necessidade de explicação do que está sentindo.
É olhar e perceber.
Afinidade é um sentimento
singular, discreto e independente.
Pode existir a quilômetros de
distância, mas é percebido na maneira de falar, de escrever, de andar, de
respirar, de sorrir…
Afinidade é retomar a relação
no tempo em que parou.
Porque o tempo e a separação
nunca existiram.
Foi apenas a oportunidade dada
pelo tempo para que a maturação, pudesse ocorrer e que cada pessoa pudesse
crescer cada vez mais.
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz,
10-7-2015
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