sábado, 2 de outubro de 2021

O Brasil dos institutos de pesquisas foi às ruas

Atos contra Bolsonaro fracassam mais uma vez e deixam um recado: com ou sem Lula, a bandeira do atraso é pesada demais

Oeste


Manifestantes voltaram às ruas neste sábado, 2, em protesto contra o governo de Jair Bolsonaro. Foram registrados atos em algumas capitais do país, como no Rio de Janeiro pela manhã, em Salvador e Recife. Em São Paulo, onde foi contratado um carro de som próximo ao Masp para recepcionar o público, a passeata teve como atração a presença de Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL) e Fernando Haddad (PT). Faixas foram estendidas nas pistas pedindo o impeachment do presidente. A principal crítica foi a alta de preços de gêneros alimentícios e, especialmente, do botijão de gás.

Uma premissa irrevogável do jornalismo é não brigar com os fatos. Diferentemente de alguns sites e emissoras de TV que fizeram ginástica para tentar manter aquecida a cobertura de uma manifestação sem gente e convocaram especialistas para dobrar a aposta, a Oeste optou pelas imagens aéreas da Polícia Militar de São Paulo.

Neste sábado, dois helicópteros “Águia” se revezaram no monitoramento, junto com uma inovação que a polícia tem testado com eficácia: drones — hoje foram cinco. A PM colocou mil homens nas cercanias da Paulista, no Centro e nas revistas nas catracas das estações do Metrô, além de 150 viaturas e 60 cavalos. Veja abaixo. 

A reportagem de Oeste esteve na Paulista e registrou que os atos deste sábado tiveram a mesma concentração da passeata de 12 de setembro, convocada por MBL, Vem Pra Rua, João Doria, João Amoêdo e outros “pastéis de vento”. Desta vez, contudo, há um elemento diferente e que deve ser notado no xadrez eleitoral: foi a esquerda quem convidou a turma para a festa — leia-se: PT, Psol, CUT e sindicatos, que historicamente tinham capacidade de mobilização de massa. Mas não foi ninguém. Mais do que isso: por que Lula não apareceu? Foi cálculo, método ou o quê?

Os atos contra Bolsonaro fracassam de novo. Só que desta vez deixaram um recado mais amargo: com ou sem Lula, a bandeira do atraso parece pesada demais — e os institutos de pesquisa insistem em carregar. 

Foto: Rodrigo Soares

Título e Texto: Redação da revistaOESTE, 2-10-2021, 16h25

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