domingo, 12 de fevereiro de 2023

[As danações de Carina] Lugares pitorescos com nomenclaturas estranhas – Parte ‘Um’

Carina Bratt

AS MINHAS AMIGAS e leitoras da ‘Grande Família Cão que Fuma’, sabem que não gosto de falar palavrões. Quem acompanha meus escritos, percebe que fujo, como a Cruz do diabo, de palavras tidas como sujas, nojentas, imundas... enfim, que transmitam aos que leem meus textos, gestos de desprezos, de desvalorização ou até mesmo de carência afetiva pela língua pátria. Em minhas ‘Danações’ de hoje, fugirei à regra. Escreverei alguns palavrões, e, obviamente, explicarei cada um deles, dentro de uma realidade real. Serei, curta e grossa, grossa e curta. 

Todavia, tenho certeza, minhas amigas e leitoras, ficarão com água na boca, ao saber o real significado de cada uma dessas palavras grosseiras e ordinárias. Em resumo, chulas. Perceberão, ao final, ou aprenderão, por exemplo, que a ‘Bunda’ não é usada somente para ser apresentada à bacia da privada em face de uma dor de barriga intransigente, assim como a ‘Pica’ e o ‘Boquete...’ fazem um bem danado à vida, aos olhos, ao corpo humano. A ‘Bunda’ relaxa. Nos leva a vivenciar aventuras deliciosas, como, igualmente, a ‘Pica’, ao adentrar em nosso corpo, faz nossos olhos perderem o chão, a cama, o espaço etc., etc., e tal.  

Comecemos a nossa aventura pela ‘RACHA’. Melhor dito, ‘The Racha’.  The Racha’ é uma pequena fenda, digo, uma pequena ilha tipo paraíso, situado na Tailândia [foto]. Os moradores locais chamam a preciosidade de ‘Racha Yai Island’. Melhor que Phuket.  Phuket, uma linda cidade perto de Bangkok, não deve ser esquecida, ou ficar de fora, até porque seu voo terminará, no Aeroporto Internacional de Phuket. Porém, ao penetrar na deliciosa e caliente ‘Racha’, qualquer ser humano se sentirá feliz e realizado. Gozará mil vezes. Existe um hotel cinco estrela, o Spa Pool Suíte cujas hospedagens nos permitem ver estrelas em pleno meio dia.


Esse hotel tem a chancela ‘Small Luxury of the World’, que atesta a qualquer pica grossa, o alto nível das acomodações e obviamente os mais bens cuidados e impecáveis serviços de gastronomia. É de tirar o fôlego. Se chega à ‘Racha’ de lancha, uma viagem de quarenta minutos. Todos os hóspedes são recebidos com toalhas e drinks. Em especial: o visitante pode, ao escolher a sua hora de dormir e curtir a ‘Racha’, optar por uma das muitas flagrâncias a ser jogada no ar do ambiente para que você fique e durma com a sua racha ao lado e sonhe sonhos coloridos e maravilhosos. 

Agora pulemos para a Escócia. Existe uma praia nota mil na famosa Ilha Grande de Bernera. A paradisíaca ilha de Lewis. Nela, encontramos a ‘BOSTA’. Ao oposto do que as pessoas podem pensar, a ‘Bosta’ é alegre, divertida e cheirosa.  Exala um aroma inconfundível de amor. Esse nome meio cagalhão, se deu pelo fato de as águas, em redor da ilha, sustentarem uma temperatura que não ultrapassa os 13º C. Saindo rapidamente da ‘Bosta’, vamos direto para a ‘BUNDA’. A ‘Bunda’, ou os penhascos da ‘Bunda’ ficam situados na Austrália, ou mais precisamente em Nova Gales do Sul (um antigo vulcão que deixou a ‘Bunda’ quieta faz um bocado de tempo). 

A última erupção (segundo os historiadores e pesquisadores de plantão), deu o seu derradeiro fôlego de vida vinte e sete milhões de anos passados. A ‘Bunda’, na verdade, nada mais é que um penhasco fabuloso.  Se estende por 210 quilômetros ao longo da costa da Grande Baia Australiana. O local vive cercado por furiosos tubarões de rostos circunspectos e olhos cobertos de sangue, além de detestarem curiosos e engraçadinhos. Os animaizinhos em questão nadam tranquilamente em volta da ‘Bunda’, contornando a, de todos os lados num incansável vai e vem não deixando, ou não permitindo que coisa alguma tida como estranha a ataque, principalmente cidadãos de péssimo gosto que trazem, em suas mentes, a feiosa mania de quererem entrar pela porta errada. 

Os metidos a corajosos, podem arriscar um salto, seja de cabeça, de ponta, ou mesmo de bunda (gosto não se discute), mergulhando, claro de alguma localidade que não ofereça risco à própria saúde, e, o mais importante, que não atinja a entrada da ‘Bunda’ diretamente. Já que falamos em ‘Bunda’, nada melhor que darmos, para terminar com chave de outro, esta primeira parte, um salto até a ‘PICA’. ‘Pica’, amigas e leitoras, é um sagrado e acolhedor vilarejo localizado na província de Tamarugal. Está situada em Tarapacá. Não precisam ficar assustadas. A ‘Pica’ é pequena, tem uma área de 8.900 quilômetros quadrados e uma população (segundo o último censo, de 9.000 habitantes). 


‘Pica’ fica cerca de 1.000 km ao norte de Santiago do Chile. A maneira mais fácil de se chegar é de avião, com voos direitos partindo de São Paulo para a capital chilena. Também se pode ir por Arica, e, em seguida, embarcar num ônibus confortável, de dois andares, com destino à ‘Pica’. Uma vez lá, se tem várias opções de estadia, desde hotéis e pousadas, ou se a criatura preferir, camping e albergues. Segundo pesquisas encontradas na Internet, caso haja interesse em ficar perto de montanhas, existe uma série de hotéis na avenida Gómez, uma das principais artérias da localidade. De outra feita, pode se promover passeios a pé ou de bicicleta. Na parte dois, finalizando ‘Lugares pitorescos com nomenclaturas estranhas’, discorrerei sobre ‘Chupa’, ‘Busseto’ e ‘Boquete’. Até o próximo domingo. Fiquem na PAZ! 

Título e Texto: Carina Bratt, de Santo Eduardo, Campos, Rio de Janeiro. 12-2-2023

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