Romance teria elementos nocivos para o leitor
Cristyan Costa
A editora Pan Macmillan comunicou que as novas versões do livro E o Vento Levou vão ter “alertas de gatilho” para “elementos racistas que podem ser nocivos para o leitor”. Segundo noticiou o jornal britânico The Telegraph, no sábado 1˚, a empresa colocará notas nas páginas em que houver “preconceito”.
Conforme a Pan Macmillan, a
obra não foi reescrita para remover “passagens ofensivas”, ao contrário dos
trabalhos recentemente reeditados de Agatha Christie e Ian Fleming. A editora
ressaltou que, apesar de manter o texto original, não endossa seu conteúdo ou
faz apologia da discriminação.
O documento emitido pela
editora acrescenta que um “homem branco” foi contratado especificamente para
escrever as notas das novas edições explicando os elementos de “supremacia
branca”. O objetivo da editora é não constranger ou dar “trabalho
emocional” para alguém de “origem minoritária”.
Publicado em junho de 1936, o
romance da escritora Margaret Micthell se passa nos Estados Unidos do século
19, mais precisamente durante a Guerra Civil e a Reconstrução, período depois
do conflito no qual se deu o início da integração dos ex-escravos na sociedade.
E o Vento Levou chegou
a ser adaptado ao cinema e se tornou um clássico, vencendo o Oscar em oito
categorias, incluindo melhor filme. O elenco conta com Vivien Leigh, Clark
Gable, Hattie McDaniel e Olivia de Havilland, entre outros atores. A direção é
de Victor Fleming.
Título e Texto: Cristyan
Costa, Revista Oeste, 2-4-2023, 17h04
Não, não é mais uma babaquice progressista, não. É um ataque à Arte e à História.
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