Wilson Witzel enfrenta processo de
impeachment e teve dois interrogatórios suspensos. Ministro teme interferência
política.
Patricia Lima
O ministro Alexandre
de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a
suspensão do interrogatório do Governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson
Witzel em seu processo de impeachment. O depoimento, que será dado
ao Tribunal Especial Misto que analisa o impeachment, foi
suspenso pelo ministro em dezembro.
O deputado estadual Luiz
Paulo Corrêa da Rocha (PSDB), um dos autores do pedido de impeachment de
Wilson Witzel, apresentou um pedido de reconsideração, negado por Alexandre de
Moraes, que entendeu que não caberia ao parlamentar atuar na ação.
Em sua decisão, Moraes
fundamenta a sua negativa afirmando que, apesar de a denúncia ter sido
apresentada à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) ter
resultado no processo de impedimento, isso não significa que o julgador deve
agir de forma rápida e inadequada aos trâmites previstos. Na avaliação do
ministro do STF, o processo contra Wilson Witzel não pode sofrer influência de
pressões políticas.
Wilson Witzel foi afastado do
mandato em 2020 e denunciado pela Procuradoria-Geral da República após
votação na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Witzel foi acusado
de ser o chefe de uma suposta organização criminosa que teria desviado recursos
públicos da área de Saúde durante a pandemia. O Governador afastado afirma que
o seu impeachment é resultado de perseguição política. Witzel sempre negou ter
cometido qualquer irregularidade.
Título e Texto: Patricia Lima, Diário do Rio, 12-1-2021
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