Eleitor tenta votar duas vezes em Portugal, e urna é impugnada

Ao todo, 59 votos vão ser anulados devido ao crime eleitoral 

Letícia Iervolino

Um eleitor votou no lugar de outra pessoa no início da manhã deste domingo, 2, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em Portugal. A urna eletrônica teve de ser impugnada, e a votação precisou continuar por meio do voto impresso. Ao todo, 59 votos foram anulados.

Segundo informações da Polícia Federal (PF), um boletim de ocorrência já foi registrado no Brasil. Em tese, o homem, que ainda não foi identificado, deve responder por crime eleitoral. O artigo 309 do Código Eleitoral tipifica a conduta de “votar ou tentar votar mais de uma vez no lugar de outrem, cuja pena pode chegar a três anos de reclusão”.

Fora do Brasil, cerca de 700 mil brasileiros com domicílio no exterior vão às urnas para escolher os candidatos que devem assumir os cargos de presidente e vice-presidente da República.

Portugal é o maior colégio eleitoral no exterior. No país, mais de 80 mil brasileiros vão poder votar. O número representa o dobro desde a última disputa ao maior cargo do Executivo, que aconteceu em 2018.

Urnas substituídas

Em boletim divulgado no final da manhã deste domingo, 2, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que 1374 urnas eletrônicas precisaram ser substituídas em todo o país.

O número urnas substituídas representa 0,29% do total das 472.075 modelos utilizados nas eleições no primeiro turno. Outras 105.050 são urnas de contingência.

Mais de 156 milhões de eleitores participam deste primeiro turno. Com este universo estimado de eleitores, o pleito deste domingo é considerado maior em 90 anos de existência da Justiça Eleitoral brasileira. A eleição ocorre em 5570 cidades do país, incluindo o Distrito Federal e Fernando de Noronha, além de 181 localidades no exterior.

Título e Texto: Letícia Iervolino, Revista Oeste, 2-10-2022, 13h50

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