Ministério da Justiça tentava abrir um inquérito
Cristyan Costa
A capa da revista Istoé, que associou o presidente Jair Bolsonaro a Adolf Hitler, não é criminosa. Esse é o entendimento de Frederico Botelho de Barros Viana, juiz da 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal.
Na quarta-feira 24, o
magistrado determinou o trancamento de inquérito requerido pelo Ministério da
Justiça. A pasta tentava investigar irregularidades cometidas pela publicação
contra Bolsonaro.
“Não se verifica a existência
de qualquer indício, mínimo que seja, a justificar a existência de procedimento
investigatório”, argumentou Viana. “A reportagem enfatiza alegações feitas pelo
senador Renan Calheiros.”
Conforme noticiou a Revista Oeste,
em uma sessão na Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, o parlamentar
alagoano comparou práticas de Bolsonaro a experimentos de Hitler.
“As informações apresentadas e
suas reflexões são da garantia de liberdade de manifestação do pensamento e da liberdade
de imprensa”, sustentou Viana. “A continuidade do inquérito consiste em
flagrante ilegalidade.”
Bolsonaro e Hitler
Na capa da edição, a revista
retratou Bolsonaro com a palavra “genocida” escrita sobre o lábio superior,
como se fosse o bigode característico de Hitler. O título da capa informa: “As
práticas abomináveis do mercador da morte”.
Texto: Cristyan Costa, revista OESTE, 25-11-2021, 12h07
Salim Mattar
ResponderExcluir@salimmattarbr
Juiz do Distrito Federal arquivou inquérito que investigava jornalistas da Istoé pela capa retratando o presidente Bolsonaro como Hitler. Pergunto: se fosse com um ministro do STF, o inquérito seria arquivado?