João Bosco Leal
Ainda com poucos anos de vida
já somos capazes de nos apaixonar por outra criança, mesmo quando a vemos pela
primeira vez em uma praça ou clube, onde os adultos nos levaram e encontraram
conhecidos com filhos da nossa idade.
Independentemente de já o
serem ou não, todas as pessoas certamente seriam muito mais felizes, se
pudessem estar sempre apaixonadas, pois as paixões são o tempero da vida dos
jovens e daqueles maduros que possuem prazer em.
Bem mais frequentes na
juventude, uma fase em que a atração física é muito mais importante que
detalhes como amizade, companheirismo e cumplicidade, só valorizados na
maturidade, elas também podem ocorrer em outros períodos da vida.
Nos jovens provocam alegria,
desejos e brilho nos olhos, fazem vibrar, fazer planos, ficar ansiosos, sentir
arrepios e mostram detalhes, da vida e do outro, que antes sequer eram
imaginados.
Nos mais velhos, remoçam,
elevam a autoestima, causam admiração por alguma particularidade e mexem com
todos aqueles sentimentos que já estavam adormecidos, mas que sempre desejaram
reviver.
Em determinadas ocasiões,
algumas paixões podem se transformar em algo bem maior e sublime, o amor, que
apesar de muitos acharem que o conhecem, poucos chegam a realmente conhecer
apesar de, como palavra, ser muito utilizada e bastante banalizada nos
relacionamentos atuais.
Ele ocorre quando, sem
esperar, passamos a querer alguém sem um motivo definido, uma explicação
lógica, e sem levar em consideração a atração física, cor da pele, peso, idade,
estatura ou bens materiais.
Sentimos desejos
incontroláveis de telefonar para a pessoa amada simplesmente para ouvir sua
voz, de lhe enviar mensagens carinhosas e frequentemente presenteá-la com
coisas simples, sem nenhuma importância ou valor material, mas que a faça
perceber que foi lembrada e que, por estar tentando fazê-la se sentir amada e
feliz, você faz questão de que ela saiba disso.
É o sentimento mais profundo
que uma pessoa pode sentir por alguém, o que mais se aproxima daquele que é
sentido pelos pais em relação ao filho que acabou de nascer, e normalmente não
é conhecido pelos mais jovens, que quando apaixonados, pensam estar amando.
Só bem mais tarde, quando já
sabemos mais sobre o que realmente importa na vida, é que temos maior chance de
realmente amar alguém.
Nessa fase já não procuramos
as pessoas olhando para detalhes materiais, mas buscando alguém para ser nossa
amiga, cúmplice, que esteja disposta a nos acompanhar em todas as ocasiões.
Alguém que estará do seu lado
nos momentos de tristeza ou alegrias, com quem sentirá prazeres, pescará,
assistirá filmes e peças teatrais, discutirá sobre educação de filhos ou
enteados e que tenha a certeza de que sempre retribuiremos da mesma maneira.
A pessoa com quem planejará e
realizará viagens, compartilhará desejos, sonhos e ambições, conversará sobre
todos os temas e ao lado de quem gostaria de estar todos os dias, do despertar
ao adormecer.
Só amamos de verdade, quando encontramos a pessoa ao lado de quem
gostaríamos de estar até o apagar das luzes.
Título, Imagem e Texto: João Bosco Leal
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-