Nuno Alves Caetano
Errar é humano e perdoa-se,
agora errar sistematicamente já é sinónimo de incompetência e não é
desculpável. É o que acontece com este Executivo e, bem vistas as coisas, com
os sucessivos Governos socialistas que, dos últimos vinte anos, estiveram treze
no poder, e ao longo das últimas quatro décadas já provocaram três bancarrotas
ao país.
A lengalenga de que “temos de
estar unidos para vencer o vírus” não passa de um chavão oportunista, falso e
hipócrita que já não resulta junto dos que têm cabeça para pensar, que não
alinham em carneiradas, nem têm receio de se opor à ditadura marxista que
assola o país.
Sem dúvida de que temos de
estar unidos no combate à pandemia. Mal fosse se não existisse essa vontade e
esse comportamento. O que não temos de estar é unidos no apoio a um Governo que
na prática é um total desgoverno, onde impera a incompetência, o compadrio, a
falta de vergonha, a mentira, a demagogia e a impunidade contra a corrupção.
Este (des)Governo liderado por
António Costa é o único responsável pelo estado a que o país chegou, tanto a
nível da Administração Pública – falência total dos serviços –, como pelo
descalabro do SNS, pela periclitante situação económica (mesmo antes do COVID)
e agora pela catástrofe provocada pela pandemia. Não vale a pena tentar
esconder a realidade, nem vir com a “conversa da treta” de que este momento não
é momento de divisão… Este é o momento de uma vez por todas, nos deixarmos de
rodeios e enfrentarmos a verdade dos factos.
Se na primeira vaga algumas
das incertezas e dúvidas são desculpáveis, já nesta segunda vaga não há
desculpa possível.
No final da primeira vaga, António Costa afirmava termos de estar preparados para uma segunda vaga, acrescentando tudo estar a ser feito nesse sentido. Quando esta chegou, com o seu descaramento habitual, declarava que ninguém estava preparado para uma segunda vaga… O que andou o (des)Governo a fazer desde março/abril? Em termos de verdadeiro combate à pandemia, nada! Preocupou-se em acentuar a campanha – mesmo que de forma escondida – de promoção do Partido Socialista, do Executivo e dos seus mentores, durante a qual, perante os sucessivos escândalos que abalaram vários Ministérios, o Primeiro-Ministro, António Costa, se limitou a reforçar o apoio, deixando o País perplexo, atónito e preocupado com a gritante falta de Valores reinante nas hostes socialistas/comunistas.
Tal como na primeira vaga da
pandemia, António Costa mostra atualmente o total desnorte pessoal e coletivo
face ao problema. Exemplo flagrante é a gestão do ensino. Como aconteceu em março,
também agora, em apenas 24 horas vira o bico ao prego – com a diferença de em março
a isso ter sido obrigado pela UE, o que ainda é mais grave – e passa da não
justificação para encerrar os estabelecimentos de ensino (até chegou a anunciar
a reabertura dos ATL) para o seu encerramento, desta feita com a
particularidade de não haver ensino à distância.
Na usual demagogia e mentira
que caracterizam António Costa e os socialistas em geral, o Primeiro-Ministro
anunciava em abril que o Governo distribuiria mais de 900.000 computadores a
fim de todos os alunos poderem ter acesso ao ensino virtual, isto no caso de
uma segunda vaga o justificar, estando já devidamente preparado para o efeito.
Qual a realidade atual? Foram distribuídos pouco mais de 100.000 e perante a
impossibilidade de assegurarem o ensino à distância, numa atitude ditatorial
digna da sua veia marxista, proibiram que o ensino particular pudesse continuar
a ministrar aulas à distância (online), alegando o fator desigualdade. Se
existe desigualdade é porque a incompetência do (des) Governo socialista assim
o permitiu, ao não ser capaz de tomar as medidas indispensáveis para
ultrapassar o problema e, pior, porque pretende esconder mais uma das suas
monstruosas mentiras.
É curioso ver alguém que tudo
tem feito para promover a desigualdade – refiro-me à escandalosa diferença de
leis entre trabalhadores da Função Pública e trabalhadores do sector privado –
estar agora muito “preocupado” com eventuais “desigualdades”. A verdadeira
preocupação é que lhes seja destapada a careca e fique a nu a vergonhosa
desgovernação deste Executivo, completamente incompetente, que vai sobrevivendo
à custa de falsas promessas, de uma gritante demagogia e de uma constante
arrogância que esconde a sua total incompetência.
Se dúvidas subsistissem,
bastaria escutar o discurso de António Costa, aquando do anúncio do
encerramento dos estabelecimentos de ensino: “O encerramento das escolas não se
deve ao facto de serem um local de contaminação, mas de serem um local de
contacto, que favorece a contaminação”. Sem mais comentários…
Mas a incompetência do
(des)Governo nesta matéria – gestão da crise da pandemia – não se fica por
aqui. Surgiram notícias de que Portugal não comprou 800.000 doses da vacina Moderna,
a que tinha direito. Como de costume, o (des)Governo veio desmentir a notícia,
com aquele discurso socialista em que falam muito, mas não dizem nada. Após o
que sucedeu com a vacina da gripe, que levou inclusive o Presidente da
República a reconhecer que os portugueses haviam sido enganados quando o
(des)Governo socialista anunciou haver vacinas para todos os cidadãos, ninguém
de bom senso acredita na desculpa apresentada respeitante às vacinas da
Moderna.
É inqualificável a atitude de
António Costa e do seu (des)Governo de responsabilizarem o comportamento dos
portugueses pelos números do Covid-19. O principal responsável é, sem margem
para qualquer dúvida, o Primeiro-Ministro e o seu Executivo. Nada, ou muito
pouco, foi feito para enfrentar a atual situação. As medidas que são tomadas
são sempre avulsas, sem qualquer estratégia, sem método, praticamente
ineficazes. O SNS já estava “destruído” antes do Covid-19 – por culpa da
péssima gestão do (des)Governo socialista no poder desde 2015. Evidentemente que,
perante a atual situação, desmoronou-se, mas desmoronou-se porque, repito,
António Costa não só não teve engenho e arte para o melhorar como ainda teve o
condão de o arruinar.
Estamos longe de saber até
onde esta pandemia nos vai levar. E quando afirmo isto, faço-o referindo-me a
nível mundial. Mas aquilo que sabemos – porque assistimos diariamente – é que
há Governos que agem em 24 horas, ou seja, no imediato, enquanto outros – como
é o caso do (des)Governo de António Costa – estão sempre à espera não se sabe
bem de o quê e quando tomam uma medida é sempre com efeitos vários dias depois.
Enquanto isso, e devido a essa tibieza e incompetência, milhares de contágios
se registam e dezenas de óbitos ocorrem, da única e exclusiva responsabilidade
do (des)Governo socialista liderado por António Costa.
Foi eleito um “novo”
Presidente da República. Espero sinceramente que não tenha complexos, nem
vergonha de reconhecer, mesmo que apenas intimamente, onde errou, a fim de
neste novo mandato poder corrigir e tomar as medidas necessárias para colocar
um ponto final no descalabro a que o país chegou.
O “novo” Presidente da
República tem de publicamente assumir que a culpa da situação da pandemia é
exclusivamente da responsabilidade de António Costa e do seu Executivo
socialista. Título,
Imagem e Texto: Nuno Alves Caetano, jornal o Diabo, nº 2300
29-1-2021
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Genocidas?
Em tempos de pandemia, o que prevê para a economia nacional?
ResponderExcluirA pandemia é um problema, mas um problema que foi agravado pela situação económica anterior de Portugal, que não permitiu que estivéssemos devidamente preparados, não permitiu que fôssemos capazes de compensar devidamente quem perdeu negócios em nome da saúde pública e que nos colocou na circunstância de termos uma economia incapaz de retomar crescimento perdido. A pandemia veio, acima de tudo, pôr a nu as consequências das políticas económicas dos últimos 20 anos.
Carlos Guimarães Pinto, em entrevista ao Diabo, nº 2300, 29-1-2021