O Vasco da Gama se apega na SAF para
corrigir erros cometidos desde a temporada passada, que custaram sua
permanência na Série B
Tauan Montalvão
A coleção de decisões equivocadas do futebol do Vasco em 2021 se resumiu a um dado, fartamente noticiado. A equipe, então com a maior folha salarial entre todos os participantes da Série B, terminou a competição em décimo lugar. Em outras palavras: não foi por falta de dinheiro que o cruzmaltino emendou o segundo ano seguido na divisão de acesso à elite.
Quando, então, o clube se
prepara para mais uma temporada tentando voltar para a Série A, e consegue
aumentar a previsão de gasto com salários no futebol, para cerca de R$ 3,8
milhões por mês em 2022, a mensagem é boa. Ela diz que, basta aplicar melhor os
recursos disponíveis, que os resultados podem ser outros dessa vez.
Com a folha nesse patamar, o
cruzmaltino seguirá sendo dos mais ricos da segunda divisão, provavelmente
atrás apenas do Grêmio, recém-chegado da primeira.
Entretanto, quando novamente o
desempenho esportivo é ruim, como está sendo, a mensagem também é repetida. O
Vasco entrou em 2022 gastando mal o dinheiro disponível, mais uma vez.
Trocou-se nomes, tanto da gestão do departamento de futebol, quanto do comando
da comissão técnica. O elenco foi reformulado. Em suma, a renovação foi
profunda. Mas a baixa competitividade segue sendo alarmante.
O time foi eliminado para o Juazeirense na Copa do Brasil, ainda na segunda fase. É o pior resultado do cruzmaltino na competição, ao lado das campanhas de 2004 e 2007.
Emplacou a quarta atuação
sofrível na temporada, em que as carências ficaram evidentes. Tanto táticas
quanto de peças de reposição.
A solução no horizonte
vascaíno, a priori, é acelerar ao máximo o processo de criação e venda da
sociedade anônima. Com ela, imagina-se, haverá não apenas a injeção de capital
milionário, mas também uma reformulação no modelo de gestão, o que inclui novas
pessoas à frente do negócio futebol.
A criação e venda da SAF, caso
confirmada, oferecerá ao futebol do Vasco a possibilidade de pular etapas e
retomar o patamar de investimento para disputar títulos na Primeira Divisão já
no ano que vem. Talvez, na pior das hipóteses, a partir de 2024. Mas a própria
experiência vascaína mostra que, para a montagem de um trabalho sólido para
disputar a Série B, os recursos disponíveis atualmente já seriam suficientes.
Fonte: O Globo
Título e Texto: Tauan
Montalvão, Vasco Notícias, 10-3-2022, 9h31
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