Benefícios seguem variação do INPC e sobem 10,16%
Wellton Máximo
Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebem mais de um salário-mínimo terão aumento de 10,16% em 2022. O reajuste segue a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de janeiro a dezembro de 2021, divulgado hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil |
Com o reajuste, o teto do INSS
sobe de R$ 6.443,57 para R$ 7.087,22. O aumento de 10,16% vale para os demais
benefícios da Previdência Social acima do salário-mínimo, como o
auxílio-doença, e valerá a partir de 1º de fevereiro, quando será paga a folha
de janeiro.
A correção também incide sobre
as contribuições recolhidas à Previdência Social, tanto as descontadas
automaticamente dos trabalhadores com carteira assinada como as que são pagas
por profissionais autônomos. No caso dos microempreendedores individuais (MEI),
que têm tabela própria, a contribuição mensal subiu para R$ 60,60, acrescida de
R$ 1 para quem trabalha com comércio e indústria e de R$ 5 para quem atua no
setor de serviços.
Salário-mínimo
Quanto aos beneficiários do
INSS que recebem um salário-mínimo, a correção ficou em 10,18%, um pouco acima
do INPC de 2021. O índice foi definido no fim do ano passado, quando o
presidente Jair Bolsonaro editou a medida provisória que fixou em R$ 1.212 o salário-mínimo
para 2022.
Apesar de o salário-mínimo ter aumentado um pouco mais que o INPC, os segurados não terão ganho real (acima da inflação). Isso porque aproximadamente R$ 2 do valor reajustado foram concedidos como compensação pelo reajuste abaixo da inflação em 2021.
Proporcionalidade
O reajuste de 10,16% vale
apenas para quem estava recebendo os pagamentos em 1º de janeiro do ano
passado. Os segurados que começaram a receber benefícios do INSS em fevereiro
terão percentual menor de reajuste porque não receberam 12 meses cheios de
pagamentos.
Os percentuais de reajuste
proporcionais serão regulamentados nos próximos dias pelo Ministério do
Trabalho e Previdência e pelo INSS.
Outros pagamentos
Outros pagamentos do governo
federal foram corrigidos pelo INPC, como o seguro-desemprego. Gastos como o
abono salarial e o teto para os atrasados judiciais (inclusive precatórios)
seguiram a variação do salário-mínimo.
As requisições de até 60 salários-mínimos,
que estão livres do parcelamento determinado pela emenda constitucional dos
precatórios, passaram de R$ 66 mil para R$ 72.720.
Título e Texto: Wellton Máximo;
Edição: Nádia Franco – Agência Brasil, 11-1-2022, 16h31
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