Quebras de sigilo foram determinadas pela
CPI da Pandemia
Agência Brasil
Os ministros Ricardo Lewandowski e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiram hoje (12) manter as quebras de sigilo dos ex-ministros Eduardo Pazuello, da Saúde, e Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, e da secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
O STF recebeu mandados de
segurança questionando as quebras de sigilo determinadas na última quinta-feira
(10) pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia.
O ministro Ricardo Lewandowski
negou os pedidos de Mayra Isabel Correia Pinheiro e de Pazuello. Na decisão,
Lewandowski destaca que “os dados e informações” da quebra de sigilo devem
permanecer sob “rigoroso sigilo, sendo peremptoriamente vedada a sua utilização
ou divulgação”.
Lewandowski justifica a decisão afirmando que o país “enfrenta uma calamidade pública sem precedentes, decorrente da pandemia”. “Diante disso, mostram-se legítimas medidas de investigação tomadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito em curso, que tem por fim justamente apurar eventuais falhas e responsabilidades de autoridades públicas ou, até mesmo, de particulares, por ações ou omissões no enfrentamento dessa preocupante crise sanitária, aparentemente ainda longe de terminar”.
O ministro Alexandre de
Moraes, responsável por julgar o pedido de mandado de segurança feito por
Ernesto Araújo, disse em sua decisão que os direitos e garantias individuais
não podem servir de “argumento para afastamento ou diminuição da
responsabilidade política, civil ou penal”.
Título e Texto: Agência
Brasil; Edição: Kelly Oliveira – Agência Brasil, 12-6-2021, 20h45
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