domingo, 12 de setembro de 2021

12 de setembro: As manifestações contra Bolsonaro foram um fiasco

Com mais gritaria do que público, atos convocados por MBL, Novo e esquerda naufragam

Redação Oeste

Alardeado durante semanas a fio nas redes sociais, o “Fora Bolsonaro” convocado pelo MBL, Vem Pra Rua e NOVO, com a ajuda de partidos de esquerda e políticos críticos ao governo, não teve adesão popular em São Paulo, no Rio de Janeiro nem em Brasília neste domingo, 12. Não faltaram cartazes, bandeiras nem gritaria nos carros de som. Faltou gente mesmo.

Apesar do enorme esforço da imprensa tradicional (especialmente na TV) em dar amplitude a um ato que passaria despercebido no final de semana de sol em todo o país, o recado das ruas parece ser forte: as imagens não batem com as manchetes diárias do noticiário e, principalmente, com pesquisas feitas a granel sobre a popularidade do governo. Se a premissa básica do jornalismo é não brigar com os fatos, isso ficou muito nítido hoje e redações começarão a semana no divã.

Antes de qualquer análise política, um ponto importante a destacar é que as passeatas deste domingo tiveram dois erros cruciais na origem — não se sabe se por inocência ou delírio de grandeza dos seus organizadores. 

Foram eles:

1) A escolha dos mesmos cenários onde multidões compareceram no Sete de Setembro, como a Avenida Paulista, a orla de Copacabana e a Esplanada dos Ministérios, ou seja, cuja comparação seria inevitável; 

e 2) Achar que figuras como o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, Ciro Gomes, João Amoêdo, os senadores Alessandro Vieira e Simone Tebet e o cantor Tico Santa Cruz seriam capazes de atrair público.

Na Avenida Paulista, histórico ponto de encontro de atos políticos no país, como as “Diretas Já”, pedidos de impeachment de presidentes e pautas sociais, a manifestação não tomou sequer um quarteirão em frente ao Masp, conforme acompanhou in loco o repórter da Oeste, Edilson Salgueiro.

Às vésperas do encontro, os próprios organizadores chegaram a pedir aos apoiadores que usassem camisetas brancas, numa alusão à imagem neutra de armistício da centro-esquerda. Tampouco deu certo porque o PT virou as costas quando soube que um boneco inflável seria erguido com a imagem de Bolsonaro e Lula, abraçados, com trajes de presidiários. Depois disso, não é nem preciso ser analista político para entender que o brasileiro não vislumbra mais uma “terceira via” em curso até 2022. E o jogo será mesmo entre os dois.

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