Luiz Carlos Nemetz
As principais lideranças
institucionais reconheceram a legitimidade, a grandeza e a beleza do movimento,
deixando o Bonner falando sozinho. O Presidente do Supremo e o Presidente da
Câmara Federal entre eles.
O mundo viu o que os
brasileiros querem, jogando por terra a narrativa de que temos um Presidente
golpista e somos uma sociedade de idiotas radicais. Muitos esperavam uma
atitude de força do Governo, fora dos limites da Constituição. E isso não
ocorreu.
Quem realmente detém o poder
legitimado pelo voto, sentiu a necessidade de abertura de um canal de diálogo
para pacificar os ânimos e, dentro do possível, encontrar caminhos para
preservar a República. Ou alguém em sã consciência prefere uma ruptura
institucional? Ou um desabastecimento?
O Presidente mostrou sua força
e seu patrimônio eleitoral, com uma base social sólida, atenta e participativa.
E isso é um poder imenso, quando se fala de jogo político.
Quem mais no mundo atual
consegue mobilizar esse mar de gente, de forma ordeira e pacificamente nas ruas
num dia de feriado? Quando foi no mundo que isso aconteceu para sustentar um
governo.
Lembrem-se de um fato
importante: para derrubar a Dilma a Globo fez uma campanha de diuturna de dois
meses para mobilizar a população. A classe política veio literalmente a
reboque, quando percebeu o que a massa queria. Agora o cenário foi outro: a
Globo bateu dois meses tentando impedir a Nação de ir às ruas. Mesmo assim, o
povo foi.
Quem perdeu e quem ganhou se
considerarmos os fatos sem emoções ou paixões?
O capital do político é o voto. E quem precisa de voto, viu o que viu. E sabe o valor que tem. Não o que a Globo golpista tentou plantar na opinião pública.
Você que me lê deve estar
ciente que os chefes dos outros poderes sabem, que se Bolsonaro quisesse ele
poderia criar um belo de um cenário para exercitar atitudes de força que muitos
esperavam. Mas sabiamente, não o fez!
Vai ter um desgaste
momentâneo? Sim, pode ser! Mas tirou o discurso de quem o chamava de golpista,
pois podendo dar o golpe, não o fez!
Agora é hora de decantar os
fatos. Com paciência de Jó e fôlego de gato. Dando tempo ao tempo.
Podem ter certeza de que
agentes políticos vão intervir para pôr limites em quem precisa de limites.
Eles viram com quem estão lidando. E que antes da força do fuzil, precisam
lidar com a força do voto. Do mesmo voto que vão precisar logo ali na frente. E
doze meses passam voando.
E eles virão de forma a
encontrar uma saída honrosa para aqueles que estão abusando do poder que têm.
Inclusive para pôr fim às prisões, confiscos e inquéritos do fim do mundo. E
ela, a saída, virá!
Agora é hora de dar tempo ao
tempo. Pois as coisas têm muita força quando elas precisam acontecer. Talvez
não da forma como cada um sonha, ou deseja. Mas o Brasil sai maior neste
momento.
Há tempo para tudo debaixo do
sol. E agora, o líder - que é o líder - sem deixar de mostrar suas forças,
optou por colocar água na fervura. Se lhe cobravam parcimônia, entendimento,
paciência, atitudes constitucionais e democráticas, tomem-nas!
O discurso da esquerda ficou
vazio e seus líderes estão sentados no meio fio, no frio e na chuva.
Ao contrário do que muitos
pensam de forma precipitada, Bolsonaro não recuou. E se mostra um habilidoso
jogador num campo onde não existem tolos.
Ele fincou o pé no limite dos
avanços e conquistas de território que teve, que não foram poucos.
Está acompanhado de milhões. E
quem gosta e precisa de voto, sabe perfeitamente disso.
E aguardem a marcha dos
acontecimentos. Sempre sem perder o foco, a fé e a esperança!
Democraticamente!
Título, Imagem e Texto: Luiz Carlos
Nemetz, Jornal da Cidade, 9-9-2021, 22h02
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