Para isso, destaca o ministro, é preciso
simplificar legislação
Alex Rodrigues
O ministro da Infraestrutura,
Tarcísio Gomes de Freitas, disse, hoje (14), que o governo federal tem procurado
investir em melhorias das instalações aeroportuárias a cargo do Poder Público e
simplificar a legislação com o propósito de reduzir os custos da aviação civil
e possibilitar que mais brasileiros possam viajar de avião.
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Foto: Alex Rodrigues/Agência Brasil |
“Partimos do pressuposto de que o brasileiro voa pouco e temos o objetivo de fazer com que o brasileiro voe mais, para mais localidades”, disse Freitas ao participar, esta manhã, de uma reunião pública da Comissão de Viação e Transportes, da Câmara dos Deputados.
“Para [atingir o objetivo] era
preciso melhorar a infraestrutura [aeroportuária nacional], diminuir carga
regulatória e também os preços dos combustíveis”, acrescentou o ministro,
garantindo que o governo vem atuando nas três frentes e que, “talvez, já na
semana que vem”, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) submeta à Consulta
Pública os editais relativos ao processo de concessão dos aeroportos incluídos
na sétima rodada.
“Estamos na iminência de soltar a consulta pública da sétima rodada de concessões de aeroportos, que vai contemplar três blocos: o bloco Norte, com os aeroportos de Belém e Macapá; o bloco que contemplará outros aeroportos do Pará, Mato Grosso do Sul e Congonhas [SP] e um terceiro bloco, com aeroportos de Minas Gerais e o Santos Dumont, no Rio de Janeiro”, disse Freitas, acrescentando que espera levar a leilão, no primeiro semestre de 2022, a 16 aeroportos hoje administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
“Além de diminuir o fardo
regulatório do setor, estamos investindo recursos do Fundo Nacional de Aviação
Civil [para estimular a] aviação regional, [investindo] em aeroportos de menor
capacidade que alimentarão os aeroportos maiores. E estamos tentando eliminar o
[problema do] preço dos combustíveis combatendo a concentração de mercado -
principalmente nos aeroportos com infraestrutura de tancagem [armazenamento em
tanques] que, por algum motivo, oferecem alguma barreira à entrada a novos
distribuidores – e ajudando governos estaduais a promoverem a redução do ICMS
da querosene de aviação”, finalizou o ministro, apostando em que as ações do
ministério contribuirão para atrair novas empresas aéreas e ampliar a oferta de
assentos, ocasionando a queda dos preços das passagens.
Consultada sobre a fala do
ministro, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou que
aguarda por novas medidas que simplifiquem as regras do setor. “A agenda do
governo federal é bastante convergente com a agenda do setor aéreo, uma vez que
nossa prioridade é com o alinhamento regulatório nacional ao internacional,
impactando na redução de custos e maior competitividade”, comentou, em nota, o
presidente da entidade, Eduardo Sanovicz, destacando que medidas de apoio foram
determinantes para que as companhias superassem a crise decorrente da pandemia
da covid-19.
“O compromisso do ministério
com a agenda foi reafirmado recentemente, com a criação do Programa Voo Simples
[iniciativa federal para desburocratizar a aviação civil]. Agora, o setor
aguarda com muita expectativa a publicação da Medida Provisória que simplifica
e desburocratiza o Código Brasileiro de Aeronáutica e outras legislações que
regulamentam a operação das companhias aéreas. Essa revisão regulatória será
fundamental para dinamizar o setor no pós-pandemia", complementou
Sanovicz.
Título e Texto: Alex
Rodrigues; Edição: Valéria Aguiar – Agência Brasil, 14-9-2021, 15h14
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