É fundamental para Lula, e para essa gente
toda, que a população brasileira permaneça enterrada na ignorância em que está
— quanto mais ignorante, melhor para eles
J. R. Guzzo
É a mesma farsa, em dois atos
executados ao mesmo tempo e com dose dupla de veneno. Num ato, o Supremo, o
ex-presidente Lula e a paçoca que hoje mistura classes intelectuais,
empresários de esquerda e ladrões do erário público gritam que “a democracia
está ameaçada” — e, por conta disso, passam a usar a máquina judiciária do
Estado para impor ao Brasil, dia após dia, uma ditadura pretensiosa,
“progressista” e metida a besta; finge que é iluminada, mas é apenas uma
ditadura a mais. Em outro ato, prometem mudanças prodigiosas para a
“sociedade”, quando a última das coisas que querem é mudar alguma coisa — sua
luta de vida ou morte, ao contrário, é deixar tudo como está.
Os dois movimentos se juntam.
A ditadura está sendo construída em público, já há quatro anos, pela associação
do STF com a elite mais subdesenvolvida do Brasil. Não se trata de ponto de
vista, mas sim da mera observação das decisões tomadas pela “suprema corte”
para sabotar o governo, perseguir os seus aliados políticos e interferir
grosseiramente no processo eleitoral em favor de Lula. O congelamento do país
em tudo o que significa atraso, produção continuada de miséria e privatização
do Estado em favor de interesses particulares é o único projeto real que a
esquerda tem para o Brasil, caso seja declarada pelo TSE como vencedora das
eleições de 2022.
A ditadura está sendo imposta pelo STF com polícia, censura à imprensa e gente trancada na cadeia como preso político; pode ter tortura a qualquer momento, pois se o ministro Alexandre Moraes, por exemplo, mandar a PF abrir a sua caixa de ferramentas nos interrogatórios de pessoas suspeitas de praticar “atos antidemocráticos”, ninguém, absolutamente ninguém, vai dizer que não pode. Ele toma decisões puramente ilegais há quatro anos e ninguém diz nada; não existe nenhum motivo para não continuar fazendo o que faz hoje.
Moraes já prendeu um deputado
federal durante nove meses. Mantém aberto um inquérito criminal perpétuo contra
os inimigos políticos da esquerda, algo que é rigorosamente proibido por lei. A
cada vez que vencem os prazos da sua investigação ilegal, sem que se tenha
descoberto nada contra as vítimas, ele prorroga esses prazos e mantém ativa a
perseguição.
Acaba de censurar de novo a imprensa, com a brutalidade de sempre: a Gazeta do Povo, mais uma vez, e a produtora Brasil Paralelo, agora por publicarem notícias verdadeiras, mas que Lula não quer que sejam publicadas. Ele já fez de tudo. Não há nenhum sinal de que vá parar. Uma autoridade que usa o seu cargo para desrespeitar de forma permanente a Constituição, e não está sob controle de nada e de ninguém, é coisa que só existe em ditadura. Ou alguém sabe de alguma democracia genuína, em qualquer lugar do planeta, onde haja um Alexandre Moraes e um STF como esse aí?
— Brasil Paralelo (@brasilparalelo) October 13, 2022
A relação das violações
diretas da lei por parte do ministro e dos seus colegas é pública e
indiscutível. O STF anulou as quatro ações penais contra Lula, inclusive sua
condenação pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sem
qualquer razão séria; alegou erro de endereço no processo, coisa que ninguém
notou durante cinco anos e ao longo de três instâncias. Permitiu, com essa
trapaça, que Lula fosse candidato nas atuais eleições sem a absolvição de
nenhuma de suas culpas. Elimina de forma sistemática o direito de livre
expressão nas redes sociais. Bloqueia contas bancárias, viola o sigilo de
comunicações e “desmonetiza” comunicadores de “direita”.
Censura a imprensa, em
desrespeito direto à Constituição Federal. Solta a polícia em cima de apoiadores
do presidente da República que mantinham um grupo particular de conversas no
WhatsApp; suspeita que estejam armando um golpe de Estado porque leu isso no
jornal.
Mantém em prisão domiciliar um
aliado político do presidente, sem culpa formada e sem data para julgamento. Há
mais coisa, ainda — mas será que é preciso continuar falando? Isso tudo está
sendo feito, segundo o STF, para “defender a democracia”.
Violam a lei, suprimem
direitos individuais e liquidam as liberdades públicas, mas dizem que fazem essas
coisas para salvar o Brasil do “autoritarismo”. Recebem o apoio excitado de
quase toda a mídia, dos advogados de políticos corruptos e de toda essa gente
civilizada que assinou a “Carta às Brasileiras e Brasileiros em Defesa do
Estado Democrático de Direito”. É um fenômeno nunca antes visto no Brasil ou no
mundo: uma carta em favor da democracia que é um manifesto em favor da
ditadura.
Este
Brasil do atraso, da esmola e da escassez não existe por acaso. Existe porque
atende os interesses da pasta geral formada em torno de Lula
Tão hipócrita quanto a
ditadura em condomínio do STF e do PT é o conto do vigário segundo o qual Lula
tem de voltar à presidência da República para solucionar “os problemas sociais
do Brasil” — depois de ter passado quase 14 anos no governo sem resolver
problema nenhum, social ou de qualquer outro tipo, e deixado como única obra
verdadeira o período de corrupção mais espetacular dos 522 anos de história do
Brasil, além da pior recessão econômica que este país já viu. Lula veio, 40 anos
atrás, para deixar tudo igual na política e na sociedade brasileiras; continua
hoje, às vésperas de mais uma eleição para presidente, igualzinho ao que sempre
foi.
Ele finge, desde então, que
está ajudando “os pobres” — ultimamente enfiou nesse mesmo saco as “mulheres”,
os “negros”, os “gays”, os “índios”, o Complexo do Alemão e tudo que acha capaz
de lhe render algum proveito. No mundo das realidades, este é o melhor jeito de
deixar os pobres exatamente como estão, com uns trocados aqui e ali por conta
das “políticas sociais”. É o ideal, ao mesmo tempo, para manter intactos os
privilégios dos parasitas que querem continuar vivendo do “Estado”.
São as castas mais altas do
funcionalismo público, a começar pelo Poder Judiciário, os empresários que
grudam no aparelho estatal e a companheirada do PT. Este é, basicamente, o
mundo de Lula — o mundo que se opõe ao trabalho, à ascensão social através do
esforço individual e ao progresso do Brasil pela combinação de mérito pessoal,
talento e aquisição de conhecimento. É o mundo que não quer mudança. Quer
“políticas sociais” — a maneira mais eficaz que se encontrou até hoje para
santificar o “gasto público”, essa queima de dinheiro que é feita em nome dos
“pobres” e funciona como o maior concentrador de renda do Brasil, ao acabar
sempre no bucho dos amigos, e dos amigos dos amigos.
Este Brasil do atraso, da
esmola e da escassez não existe por acaso. Existe porque atende os interesses
da pasta geral formada em torno de Lula. Sabe-se perfeitamente bem quem compõe
essa mistura grossa. São os empreiteiros de obras públicas, os banqueiros e os
senadores do Norte-Nordeste que se elegem com meia dúzia de votos, enquanto em
São Paulo só se chega ao Senado com o voto de mais de 10 milhões de eleitores.
São os chefes políticos que
fazem de tudo para manter o Nordeste debaixo de sua sola — a começar pelos
novos coronéis do PT e da “esquerda”, que usam a sua influência na máquina
estatal e o dinheiro público de aberrações como o “Fundo Partidário-Eleitoral”
para comprar mandatos e posições de mando.
São os advogados criminalistas
que ganham milhões defendendo corruptos.
São os juízes, procuradores,
ouvidores, auditores, corregedores, desembargadores etc. que vira e mexe são
flagrados ganhando salários mensais de R$ 100.000, ou mais, e sempre têm uma
licença legal para fazer isso.
São os empresários do tipo
Eike Batista — ou da empresa que vendia sondas à Petrobras, recebeu em moeda
corrente e foi à falência sem entregar sonda nenhuma.
São os sindicalistas que
querem extorquir dos trabalhadores, outra vez, o imposto sindical.
São os professores,
funcionários e alunos de universidades federais de “ciências humanas” onde todo
mundo é pago para ficar em greve, não aprender nada de útil para a sociedade e
pichar muros escrevendo “Fora Bolsonaro”.
São os donos das faculdades
particulares — para cujos bolsos vão as bolsas dos estudantes pobres, pagas com
dinheiro público.
São todos os ladrões, a
começar pelos da Lava Jato — que delataram a si próprios, devolveram bilhões em
dinheiro roubado e confessaram livremente a sua culpa.
É fundamental para Lula, e
para essa gente toda, que a população brasileira permaneça enterrada na
ignorância em que está — quanto mais ignorante, melhor para eles. É exatamente
por isso que Lula e o PT falam tanto em “investir na educação”. De fato, querem
socar aí o máximo que puderem arrancar do pagador de impostos. Mas não é para
ensinar nada a ninguém — é apenas para engordar o aparelho da educação, lotar
as salas de aula com professores que são militantes políticos e garantir com
eles, justamente ao contrário do que dizem, que não haja nenhum risco de alguém
aprender alguma coisa no sistema de ensino público.
Escola que fala de Che Guevara
não ensina a fazer conta — um método 100% seguro para impedir que as pessoas
adquiram qualquer conhecimento útil na sala de aula. Isso seria uma calamidade.
Faria os jovens ganharem condições de melhorar de vida por conta própria, por
saberem fazer algo, e não por receberem uma miséria qualquer dos “programas
sociais”. Nem Lula e nem a esquerda podem admitir nada parecido, é claro:
precisam manter o maior número possível de brasileiros na dependência eterna do
Estado.
Lula
não está minimamente interessado em dar terra a ninguém. O que quer é
acampamento de “sem-terra”, onde quem vai mandar é o MST
É a mesma coisa com o
processamento que fazem dos pobres. Lula e a esquerda querem exatamente o
contrário do que anunciam: sua meta estratégica, acima de todas, é manter e se
possível aumentar o número de pobres — é daí que vem a maioria dos votos que os
mantém vivos. Quanto menos pobres houver no Brasil, menor será a sua força
política. Ficou provado, mais uma vez, pelos números da eleição.
Lula perdeu no Rio Grande do
Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul,
Mato Grosso, Goiás — e, no Estado de Minas Gerais, em Belo Horizonte, Triângulo
Mineiro e Sul de Minas. Ou seja: perdeu, sem nenhuma exceção, no Brasil onde há
mais progresso, mais iniciativa privada e melhor distribuição de renda.
Ganhou onde há mais atraso,
mais “Estado”, mais miseráveis e mais miséria. Por que diabo, então, ele iria
querer diminuir o número de pobres? Para perder eleição? Da mesma forma, Lula
quer o exato oposto do que prega quando fala de “distribuição de terra”. Vive
ameaçando fazer uma “revolução no campo”, com o “exército do MST” — a quem,
aliás, promete dar cargos “importantes” no seu governo.
Mas não quer dar terra para
ninguém — tanto não quer que ficou abertamente contra a distribuição de mais de
400.000 títulos de propriedade rural feita ao longo do governo Bolsonaro. Não
há nenhum precedente na história — um defensor da reforma agrária que não
admite a entrega de terras para o cidadão que quer trabalhar no campo. O que
Lula quer é invasão de terra, destruição de propriedade privada e violência —
coisas que não resolvem nada, mas garantem o controle do PT sobre os bandos de
miseráveis que giram pelo interior do país. Ele não está minimamente
interessado em dar terra a ninguém. O que quer é acampamento de “sem-terra”,
onde quem vai mandar é o MST.
Entrou nesse embuste gigante,
nos últimos tempos, um novo espécime biológico — o empresário socialista, ou
com preocupações sociais, ou aflito com o futuro da democracia. É um farsante,
mais um, mesmo quando se leva a sério e acredita que está fazendo o “bem”. O
empresário de esquerda quer ter a sua consciência tranquila, ou menos pesada, e
continuar ganhando dinheiro — e hoje ninguém oferece essa combinação melhor do
que Lula. Ele apoia o PT, diz que está preocupado com a desigualdade e acha que
Bolsonaro ameaça a democracia.
Em troca ganha de Lula um
certificado de boa conduta e se protege de qualquer alteração no seu patrimônio
e no seu bem-estar. É um arranjo que atende perfeitamente os interesses dos dois
lados. Lula pode dizer que a devoção dos milionários é uma garantia de que ele
é um tipo “moderado”, que não vai fazer mal a ninguém. Do seu lado, os
milionários garantem que o socialismo petista não vai mexer nos seus bolsos —
não para valer. Funciona, também, como uma espécie de calmante contra a
ansiedade social. Os empresários de esquerda dizem a si próprios que o seu
apoio a Lula vai fazer desaparecerem das esquinas, por onde passam em seus SUVs
blindados, os mendigos com um cartaz de papelão pedindo ajuda — uma coisa tão
incômoda, não é mesmo?
Culpa “do Bolsonaro”, é óbvio,
mas com Lula todos eles vão viajar de avião etc. etc. etc. Ao mesmo tempo, esse
milagre vai acontecer sem custo real nenhum para o seu bolso. Os pobres somem,
e somem de graça — o que pode haver de melhor? O maior horror, para todos eles,
é o povo brasileiro, que polui a sua paisagem, ou pede esmola na rua, ou vai ao
culto evangélico, ou não tem gosto”, ou vota em gente de “direita”, e mais do
mesmo. É onde veio dar o Brasil “progressista”. Seus donos querem mandar para
sempre. É o que está realmente em jogo neste segundo turno das eleições de
2022.
Título e Texto: J. R. Guzzo,
Revista Oeste, nº 134, 14-10-2022
Tenho profunda vergonha da imprensa brasileira!
TSE censura Brasil Paralelo
O STF ameaça a democracia
Manifesto à Nação Brasileira em Defesa das Liberdades: mais de UM MILHÃO de assinaturas!
Carta aos democratas do Brasil
A proteção à vida em 2023
O gol contra de Moraes
Ditadura em construção
TSE impede governo de veicular campanha de vacinação contra poliomielite
Um tapinha não dói
Um tribunal que joga contra Bolsonaro
FOTO LEGENDADA DO MI"si"NISTRO ALIXAONDRE ALIXANDRU DE MORRAES:
ResponderExcluir- Eu sou o homem da caneta do STF, a "Onrrosa suplema corti" conhecida também como (Semeando Tomates com Farinha) . Estou do lado do PT (Partido dos Trapaceiros) e ai, ai, de quem se meter comigo. Me tirem do sério e determino a imediata prisão daquele que me "housar" desrespeitar. Estou de olho no meu amigo J.R.Guzzo.
Aparecido Raimundo de Souza, de Belo Horizonte, nas Minas Gerais.