Se desagradar ao ministro Moraes e ao resto
do STF, ou ao sistema de repressão do governo Lula, qualquer cidadão é punido
J. R. Guzzo
É perigoso estar certo quando o governo está errado — o governo ou os que mandam no país, o que dá na mesma, sobretudo quando eles governam com a polícia, e não com a lei. No Brasil de hoje é pior. Tanto faz se você está certo, errado ou nenhuma das coisas. Se desagradar ao ministro Alexandre de Moraes e ao resto do STF, ou ao sistema de repressão do governo Lula que se juntou a eles desde o dia 1º de janeiro, qualquer cidadão é punido — e não terá direito a advogado, processo legal regular ou qualquer garantia estabelecida pela Constituição brasileira.
Ninguém ouve as suas razões,
ou os seus argumentos — na verdade, o cidadão não tem a oportunidade sequer de
abrir a boca. É preso, multado, impedido de acessar sua conta no banco, banido
das redes sociais, proibido de manter em sigilo suas comunicações pessoais e
punido, pela força da Polícia Federal, por qualquer coisa que o STF possa
querer — o STF e, agora, a ala policial do governo Lula. A ambos se juntam as
plataformas estrangeiras que controlam as redes sociais.
É a negação direta da democracia, por qualquer critério que se encaixe dentro da lógica comum. Qual poderia ser a dúvida? A autoridade pública, no Brasil de hoje, não obedece mais às leis a que não quer obedecer — ou, até pior que isso, vai escrevendo as leis para dar a si própria a autorização de fazer o que bem entende. Se isso não é ditadura, ou uma ditadura em formação, seria o que, então? As agressões simultâneas aos jornalistas Guilherme Fiuza, banido das redes sociais por forças que se pretendem “ocultas”, e Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo, que tiveram seus passaportes cancelados e suas contas bancárias bloqueadas por Alexandre Moraes, sem qualquer fiapo de lei que lhe permita fazer nada disso, são um insulto aos direitos civis e à liberdade pública.
São também um escândalo moral
sem precedentes. Os jornalistas são acusados de crimes que simplesmente não
existem na legislação brasileira: “discurso de ódio”, “desinformação” e “atos
antidemocráticos”. É como se fossem acusados penalmente por adultério, ou por
faltarem à missa; como vão se defender, se a própria lei diz que eles não
cometeram delito nenhum?
É claro que, além disso,
nenhum deles tem direito às garantias mínimas de qualquer cidadão — seus
advogados não podem nem mesmo acessar os autos para saber, exatamente, do que
estão sendo acusados. Também não podem recorrer a ninguém. Mas a mídia, as classes
civilizadas e a elite “liberal” acham que os três escrevem ou dizem coisas
“bolsonaristas”, ou de “direita” — que horror, não? Para quem faz isso, a
democracia do Brasil de hoje não dá direito nenhum.
Título e Texto: J. R. Guzzo,
O Estado de S. Paulo, via Revista
Oeste, 8-1-2023
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Que loucura! Tentaram tomar os Três Fuderes. Alguns quase morreram afogados.
ResponderExcluirAparecido Raimundo de Souza
Do Sítio Shangrilá. Ainda um lugar perdido no meio do nada.
FOTO LEGENDADA ACIMA
ResponderExcluirMi"si"nistro Alexãodre de Borrais:
- Se me tirares do sério, dou-lhe uma canetada. Determin... que...
FulaGuMuCuLula:
- Calada! Faço pior, companheiro. Bosto você fora da corte e lhe aposento compulsoriamente...
Aparecido Raimundo de Souza
do Sitio Shangrilá, um lugar perdido no meio do nada.