terça-feira, 22 de agosto de 2017

Aparecido rasgou o verbo 182 vezes

Aparecido Raimundo de Souza, titular cioso da coluna [Aparecido rasga o verbo] já nos brindou com 182 artigos! Um recorde, com certeza! Agradeço a continuidade e perseverança da sua colaboração!































































2 comentários:

  1. Acompanho os textos do senhor Aparecido Raimundo de Souza, há tempos. O que me faz admirar os seus escritos, ou as suas Rasgações de verbos, são exatamente a coragem com que escreve e o conhecimento e a competência que demonstra em cada novo artigo. O senhor Aparecido não escreve por escrever. Escreve fundamentando cada parágrafo, escreve com conhecimento de causa. Afora isso, fala de peito aberto, o que sente. Muitos gostariam de falar, de abrir o bico, de botarem a boca no trombone, mas, por algum motivo, tem medo. É o caso do vídeo que ele postou no Face de um suposto policial dando um trato nos fundilhos de um meliante.

    Bom, amiga. O medo é o que atravanca as pessoas muitas das vezes a seguir em frente. O medo mata, destrói e acorrenta. Talvez seja por isso que observo, poucos leitores deixam as suas opiniões formalmente. Mesmo usando o "anonimato". Talvez, por ignorância, nem saibam o que venha a ser anonimato. Quero deixar claro, não vim aqui senhor editor, senhor Aparecido, para apontar esse ou aquele leitor. Longe disso.

    Dei-me ao luxo e ao trabalho, num primeiro momento, de falar dos trabalhos que a revista publica do senhor Aparecido. Impecáveis, um verdadeiro exercício de retórica. Objetivos. Extensos, mas objetivos, determinantes. Esclarecedores. Tudo com começo, meio e fim.

    Para os menos desprevenidos, faz-se necessário um dicionário ao alcance das mãos, ou corre-se o risco de tomar gola. Gola, na linguagem futebolística, eu jogo uma bolinha nas horas de folga, significa toca, manta, porrada. É exatamente sobre isto que gostaria de deixar a minha humilde colaboração. Sugestão. Não só ao senhor Aparecido, como me perdoe, igualmente o nobre editor. Como o senhor Aparecido escreve um tanto quanto rebuscado, gostaria de sugerir um glossário, no rodapé de cada trabalho publicado.

    Darei alguns exemplos. No texto de 22 de agosto, Catálogo de alucinações, o senhor Aparecido menciona, se tivéssemos poder (poder no sentido látego da palavra). Seria de bom alvitre colocar no final do trabalho, no que a imprensa chama de rodapé, a definição de látego, desta forma. Glossário: Látego (1) o mesmo que chicote, ou açoite. Vai além de um vaso de dejetos (2) matérias fecais. Sodoma e Gomorra (3) Cidades destruídas por Deus, com fogo e enxofre. Budas ditosos (4) Referência aos palácios de Brasília. Acredito aqui, o senhor Aparecido tenha feito uma comparação ao romance de João Ubaldo Ribeiro. Mesmo caso Feira de Acari (5), feira livre no Rio de Janeiro onde se vende de tudo, de uma simples agulha a um avião. O Sabá das feiticeiras (6) livro de John Updike. Por aí segue.

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    1. Para nós, advogados, que precisamos ler, que vivemos da escrita, do bom falar, é imprescindível ter uma boa visão dos assuntos a serem tratados. Em meu escritório, trabalhamos com famosos. Em razão disso, oriento a minha equipe de colaboradores e sócios a se esmerarem nas petições. Não se pode a um apresentador de televisão, conhecidíssimo, a um personagem fodão da Record, ou da Rede TV, fazer uma petição vazia. Faz-se necessário citar brocardos jurídicos. É imprescindível discorrer sobre Nelson Hungria, Darcy Arruda Miranda, Miguel Reale Junior, Cesare Beccaria, CarlSmitt, Evandro Lins e Silva e tantos mais. Esses são os papas do direito. Os juizados têm por norma ler essas petições como se devora revistas de mulheres peladas. Eles gostam, se ilustram as nossas custas. Isso é cômodo. Seria mais honesto fazer uma petição de habeas corpus simples, sem citar esse ou aquele mestre magnânimo. São nessas citações, frases e brocardos, que conquistamos os corações dos juízes e promotores. Penso ser esta a linha de raciocínio do senhor Aparecido. Quando ele escreve, e cita Jorge Amado, Zé Lins do Rego, Breytenbach e outras figuras conhecidas da literatura, ainda que passeie por Daniel na cova dos leões, Sodoma e Gomorra, Adelaide Carraro, não importa, a gente percebe, de pronto, conhecimento de causa. Percebe-se, mais: um cara que lê muito, que tem profundidade naquilo que está descrevendo. Um glossário, pois, no final de cada artigo, deixaria os leitores mais à vontade, já que no Brasil a maioria das pessoas não leem, não pesquisam, não se inteiram dos fatos. Embora hoje tudo gire em torno da velocidade da informação, um bom texto, por mais longo que seja, cheio de citações leva o bom leitor, o leitor assíduo, a pesquisar, a se informar, a se ilustrar. Dessa forma, vai aqui uma sugestão ao ilustre jornalista. No final de cada crônica, um glossário com as explicações inseridas no bojo do texto. Evidentemente isto não se enquadra aqueles que leem por ler, sem procurar esmiudar o que o escritor quis, realmente dizer. Fica aqui, além dos parabéns ao senhor Aparecido, pela confecção dos textos, parabéns iguais ao editor, por tê-lo em sua grade de articulistas e, claro, o mais importante: publicá-lo. Temos sem dúvida alguma um novo Datena na área (a quem, confesso, tenho enviado os textos do senhor Aparecido, Datena é cliente de minha empresa), temos um Cajuru, um Alexandre Garcia, um Arnaldo Jabor. Figuras que não se curvam a malandros e sanguessugas. E o senhor Aparecido está inserido nessa linha de "machos pra burro".

      Leonardo Cussoline

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